Neabi realiza seu I Simpósio ERER
Entre os dias 13 e 14 de maio, o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Ifes – Campus Piúma realizou o I Simpósio Educação para as Relações Étnico-Raciais, o qual fomentou momentos ricos de aprendizagem com palestra, círculo de conversa, exibição de documentário e grupos de trabalho. Sob o tema “Vozes de (R)Existência”, o evento iniciou-se com a palestra “Indígenas e Negros: histórias e culturas silenciadas”, da Professora Doutoranda Silvana Santus, seguida de um bate-papo entre os presentes. Logo após, os participantes usufruíram uma intervenção cultural, no pátio da instituição, da Banda R.U.A. (Rap Urbano Ativo), cujos integrantes fazem parte da comunidade escolar externa e desenvolvem um trabalho artístico de visibilização do rap como expressão da cultura popular. Encerrando o primeiro dia do evento, sob a mediação do Professor Márcio Filgueiras, houve o Círculo de Conversa “Questões Étnico-Raciais no Cotidiano”, abordando temas como a desmitificação do indígena do Espírito Santo, as ações afirmativas como políticas de retomadas e as questões étnico-raciais no mundo do trabalho, com a participação dos expositores, Professor Mestre Welington Batista, da Coordenadora da Ceafri Alessandra Fonseca e do acadêmico de Ciências Sociais da Ufes João Victor dos Santos, seguido de bate-papo.
O I Simpósio ERER permitiu aos participantes “saber que o rascismo ainda está muito presente, e momentos como esses nos motivam, como jovem negra, a querer crescer e mostrar que somos capazes independente da cor”, segundo Railane Neves Silva, estudante do 1º ano do curso de Pesca Integrado ao Ensino Médio. Para Ana Emília Ferreira Furtado, aluna do 4º ano de Pesca, “representou uma enorme oportunidade para aprender sobre os povos indígenas e a população negra, […] os palestrantes de forma dinâmica trouxeram dados muito significativos, mostrando o quanto a ciência nos ajuda não só a apontar os problemas como também a solucioná-los”.
Já no dia 14, o público assistiu ao documentário “O rap do pequeno príncipe contra as almas sebosas”, em seguida, formaram-se Grupos de Trabalho para debater acerca dos temas abordados na obra cinematográfica, culminando em uma exposição coletiva, no auditório, dos mapas mentais elaborados pelos GT. Essa experiencia “ajudou a refletir e abrir os olhos para a cultura e a história dos povos indígenas e do povo negro no Brasil, trouxe uma proposta de dinâmica e interação que pode me ajudar a conviver, a escutar e dialogar com as pessoas”, destacou Joubert Sales, aluno do 4º ano do curso de Aquicultura Integrado ao Ensino Médio. O evento, promovido pelo Neabi, “alcançou os seus objetivos ao revelar a importância das relações étnico-raciais na sociedade brasileira”, ressaltou o Professor Ivan Almeida Rozario Júnior, coordenador geral do núcleo.
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